domingo, 29 de setembro de 2024

A Fé e o Medo

 

A Fé e o Medo



Emerge da consciência 

É o espaço interior

Onde a profundidade da essência 

Berço da serenidade criadora

Da quietude geradora** 

E do fluxo da energia vital 

Resulta em paraíso espiritual.


De refinada poesia,

Maestro de música e magia,

Do imane infinito,

Surge o mais belo escrito,

Nesse espaço etéreo,

Onde somos quem éramos,

Antes de nos tornarmos quem somos.


É nessa grandeza,  

Que algo em nós, sintoniza a beleza, 

Da unicidade com a natureza.


Tudo é nada,

Tudo é comunhão,

É o já e o ainda,

Mesmo na contração,

Ora mais desvanecida,

Nos traz melhor iluminação, 

De uma realidade sentida,

Até introvertida.


E, ainda assim,

Apesar da clareza do querubim,

Evidenciando o festim,

Nos persegue

O medo aldrabão,

Presença em ação, 

Sem extirpação, 

Traz aflição,

Mas pode, enfim,

 Encontrar redenção.


Haja fé então.



JP/Set/ 2024




** enfatizo a ideia de que silêncio e calma profunda permitem o surgimento de algo novo, como se a ausência de movimento fosse uma força de movimento criativa em si.

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