quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Serenidades

Serenidades

Desperto ressacado
Comprimido tomado
Bastante vacilante
Ergo-me relutante

Recheado de afazeres
Um chuveiro apressado
Almoço alguns prazeres
Saio de casa acelerado

Alvejo a  rotineira Luena
Prós trabalhos matinais
Um desvio e uma novena
Junto de uns novos cais

Dirijo-me ao sapateiro
Passo pelo costureiro
Vou ainda ao tabaqueiro
Exausto eis o pasteleiro

Uno  esforços ao Manel
Trabalhamos o papel
Já com a nossa cafeína
Ao lado da Zu menina

Resmungamos do patrão
Augusto um malandrão
Sofremos um calorão
Pra ele poupar um tostão

Vem Gracinda afogueada
Clamando suas netinhas
Questionando pela Manela
Receando que não vinhas

Também aparece o Abel
Dando corda ao pincel
Multiplos faz no jornal
Consumindo-se afinal

Odorados pelos esturgidos
Pelo Gusto sempre oferecidos
Esgotamos últimas energias
Pra  conservar nossas sinergias

Esfalfado por tanto labor
Com  o escorrer do pendor
E já quase a falhar o motor
Procuro furtar-me ao fedor

Constatando meu cansaço
Evitando maior derreaço
Boleia houve quem desse
Para obstar a mais stress

JP


SET/2015