quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Em limiar de......

Em limiar de ........

Estava onde não estive.
Humanamente.
No seu limiar.
Definido como uma linha mais escura traçada no "solo" da entrada daquilo que se assemelhava a um túnel encimado por uma espécie de "pala"
.
Observava mas não tinha visão.
Escutava- me mas não tinha audição.

Visionava algo como uma auto estrada luminescente logo a seguir ao início da galeria de luz.

Seu "piso" era formado por bolas e tufos  amarelos esbranquiçados autênticos flocos de algodão suspensos  como aquelas porções de nuvens que observamos pela janela de um avião assim como a "pala" que o parecia cobrir.

Do "meu lado" era nada.
Só eu imaterial.

Do outro á direita, imediatamente a seguir ao limiar e em nível inferior e já por  baixo do seu "tecto" via-se o topo de um "muro" logo descontinuado com 2 arestas vincadas, perfeitas, paralelas e quase idênticas á linha escura que parecia definir o limiar da entrada.

Lá bem no fundo uma espécia de pequena janela trapezoidal através da qual uma luz mais brilhante e branca como a neve prendia minha atenção.

Questionava- me sem ser.
O que é isto? Onde estou?
Que lugar é este? O que faço aqui?
Sem respostas.
Regressei onde sempre estive.
Humanamente falando.