sexta-feira, 4 de abril de 2014

Amigos do Colégio de Ermesinde





Amigos do Colégio de Ermesinde

Quando dei conta de mim
Estava cingido de latim
A meu lado sem chinfrim
Sentava-se um tal Lino
Menino assaz ladino
Era cá um figurino

Em frente o mini Jaime
Muito bom santo-daime
Criou um bom andaime

De viés “garrincha” Abreu
Algo triste nos pareceu
Mas nunca nos aborreceu

Desta quadra estabelecida
Florou grande amizade
Muito bem alicerçada
Em alta solidariedade

Unidos como família
Apesar da melancolia
Criamos tantas estimas
Que nos achamos irmãos
Das nossas boas vindimas
Sempre de mãos nas mãos

Juntou-se o Monteiro
Todo ele era futeboleiro
Também o Teles de Meneses
Cujo pontapé era certeiro

Segui-se o João Pinto
Era cá um tal instinto
Amando a cabeceira
De forma beijoqueira

Em seguida veio o Ruão
Mas jeito só o pulmão
Mais atrás o matulão
Dias era o seu melão

Mas também

O Nito dos desenhos
Rico em altos engenhos
Da figura do Zequinha
Astronauta como tinha
Ao Sarmento da samarra
Turrando na sua marra

Passando ao Quico
Já então bom político
Inolvido o Carneiro
Era Nuno sanjoaneiro

Uma palavra ao Abel
Sem fel. Só puro mel
Das conversas do Belo
Autêntico bruguelo

Também havia o Valdemar
Colega e aluno divinal
Dei com ele no alto mar
Encapelado pelo mal

Confessa-me sua volição
Já arrependido então
Incrédulo pela relatação
Ainda tentei mas em vão
Que lhe provessem uma mão

Sucederam-se vários canteiros
E apesar de tempos gazeteiros
Quase todos ainda gaiteiros
Convivemos dias inteiros
Sorvendo bons vinhateiros

Cantando velhas trivialidades
Apurando afectividades
Acentuando confinidades
Proclamando aos universos
Amigos!São incontroversos

JP

2014/Abr