Lá vamos ter no próximo domingo mais uma final da Taça de Portugal no Estádio Nacional. Nacional?
Mas então por que carga de água não joga lá a Selecção Nacional. Nem mesmo a Sub-21. Ou a Sub -19, 18, 17 e 16.
Por que razão não estagiam lá as selecções?
Qual a razão da sua não utilização no Euro 2004 o maior acontecimento desportivo de sempre e maior festa do futebol português de toda a sua existência?
Eis que em 2007 a insuspeita FPF admitiu que a final poderia sair do “Jamor” essencialmente por falta de segurança.
Pregoeiros amantes dos predomínios da capital logo se levantaram alicerçados na aparente contradição entre aquela perspectiva e a dos especialistas de PSP local os quais imediatamente garantiram não existir qualquer problema de segurança..
E mais uma final lá se realizou entre o SCP e o Belenenses. E outra seguir-se-á já no próximo domingo.
Agora seria no mínimo curioso questionar os defensores do rigor, da transparência, da verdade desportiva e dos queixinhas à Uefa, quais as razões pelas quais essa mesma entidade proíbe pura e simplesmente a realização de partidas internacionais de futebol naquele recinto desportivo.
Eu digo-vos. Essencialmente por falta de segurança a que acresce a sua obsolência e lotação diminuta.
Aqueles que patrocinam a manutenção da final no Estádio Nacional são aqueles que se batem publicamente pela transparência mas o que realmente querem é a opacidade. Batem-se pelo rigor mas jogam na confusão. Batalham pela verdade desportiva mas o que querem é fazer perdurar vantagens próprias falseando-a. Pugnam pela condenação dos implicados no Apito Dourado mas o que verdadeiramente pretendem é substituir prevalências. E em desígnios nacionais a Uefa não mete o bedelho pelo que aqui não é chamada dizem eles.
Mas há quem diga que todos os clubes à excepção do FCP, por razões estratégicas, sonham com a viagem até ao vale do Jamor.
Mas a única razão ainda válida e real para que a final da Taça de Portugal se mantenha no Estádio Nacional é que a sua localização beneficia os clubes de Lisboa. Esta sim é o verdadeiro estratagema.
A denominada festa perfeita, genuína e de confraternização de adeptos comemorativa do encerramento de cada época tão proclamada pelos paladinos da igualdade e da verdade irá um dia acabar mal. Catastroficamente. Pela táctica.
Nessa altura uns papagaios enfiarão o bico sob as asas outros assobiarão pró ar.
Oxalá me engane.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
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