ANTÓNIO
Esse Desconhecido
Gigante Adamastor
Atemorizou-me com fragor
Por vezes julguei-o com dor
Em meninice sem rancor
Dobradas as tormentas
Em Lisboa das ementas
Imaginava-o qual caravela
Á bolina dos ventos e vela
Mareando pra Benguela
Longe da minha cidadela
Subitamente na mouraria
Eis que surge uma calmaria
Em bela engenharia
Apreciei então na albergaria
Diversa ourivesaria
António como joalharia
No entardecer outonal
Refloresceu afecto fraternal
E embora as marés da vida
Se espumem em diferente areal
É irrefreável o elo cordial
2020/12/29 - JP
Resposta do António em 05.01.21 (na íntegra)
Não sei como agradecer tanto enlevo por tão pouco me sentir capaz de corresponder , especialmente na TUA JUVENTUDE . uM APERTADO ABRAÇO .
António
2 comentários:
Fantástico. É muito reconfortante quando, entre irmãos, pais, ou amigos, ou amados ou amantes,...consegue haver um momento de "perdão" ou de esclarecimento das fissuras criadas ou pela diferença de idade, ou pela mudança no caminho que a vida vai traçando. E se isso acontece antes da partida do "outro" isso é muito "apaziguante". Reconheço esse sentimento. Reconheço essa capacidade de intuição. Reconheço a força e o poder das palavras. Quando são escritas e brotam são um sincero meio de comunicação dos afectos ( amores e desamores) parabéns. Haja paz Jopinas. Bem a merece quem se fez pessoa com a ajuda de si próprio.Em torno de si tem uma família que foi criando e acarinhando ( e vice versa) que é linda de se ver. Creio conheço los. Abraço. C
Obrigada
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