segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

António Irmão

 


ANTÓNIO


Esse Desconhecido

Gigante Adamastor

Atemorizou-me com fragor

Por vezes julguei-o com dor

Em meninice sem rancor


Dobradas as tormentas

Em Lisboa das ementas

Imaginava-o qual caravela

Á bolina dos ventos e vela

Mareando pra Benguela

Longe da minha cidadela


Subitamente na mouraria

Eis que surge uma calmaria

Em bela engenharia

Apreciei então na albergaria

Diversa ourivesaria

António como joalharia


No entardecer outonal

Refloresceu afecto fraternal

E embora as marés da vida

Se espumem em diferente areal

É irrefreável o elo cordial


2020/12/29 - JP

Resposta do António em  05.01.21 (na íntegra)

Não sei como agradecer tanto enlevo por tão pouco  me sentir capaz  de corresponder , especialmente na TUA JUVENTUDE . uM APERTADO ABRAÇO .

                                                                                                              António

2 comentários:

Anónimo disse...

Fantástico. É muito reconfortante quando, entre irmãos, pais, ou amigos, ou amados ou amantes,...consegue haver um momento de "perdão" ou de esclarecimento das fissuras criadas ou pela diferença de idade, ou pela mudança no caminho que a vida vai traçando. E se isso acontece antes da partida do "outro" isso é muito "apaziguante". Reconheço esse sentimento. Reconheço essa capacidade de intuição. Reconheço a força e o poder das palavras. Quando são escritas e brotam são um sincero meio de comunicação dos afectos ( amores e desamores) parabéns. Haja paz Jopinas. Bem a merece quem se fez pessoa com a ajuda de si próprio.Em torno de si tem uma família que foi criando e acarinhando ( e vice versa) que é linda de se ver. Creio conheço los. Abraço. C

JOPINAS disse...

Obrigada