Nuvens
Em corpos incólumes
Mudos de queixumes
Coexistem feridas
Incultas e enrustidas
Fendem silenciosamente
Erodindo a própria mente
Escondem- se traiçoeiras
Nas profundezas do ser
Viram até feiticeiras
Pois antes de nos acometer
Nos fazem crer
São nuvens a esvaecer
Sem concebermos
Sofremos
Com o mal que lá por dentro temos
Desassossegados
Gretados
Acabrunhados
Murchamos
Secos não choramos
Quase desraizamos
Ás vezes espigamos
Resistimos. Sonhamos
Até que avelhamos
JP/11/Ago/20
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