Ferrete
A dor é no peito
Julgo que a rejeito
Minguado feito
Nunca meu proveito
Que então fazer? Enfim
Traz-me sempre assim
Sou triste sem confim
Sou triste sem confim
E nem as coisas bonitas
As que me dão frenesim
Apagam velhas desditas
E chegam a bom fim
Passo tempos infinitos
Crendo que se desraizou
Mas aos mínimos atritos
Logo tudo se reavivou
Olvido que se aperrou
Lá bem fundo no coração
Onde a melancolia se agarrou
Ao todo da minha lapidação
Sou portanto prisioneiro
Do meu ente com defeito
Não consigo ser brejeiro
Sendo assim daquele jeito
JP
2014.01
Sem comentários:
Enviar um comentário