“O domínio absoluto do FCP parece ter chegado ao fim”
A frase suportava a crónica do jogo de Óquei em Patins, entre o FCP/ SLB, época 2007/08 e referente à 1ª volta do CN, terminado com um empate 6-6. Em A Bola em 08.11.07.
Para os menos atentos a estas coisas desportivas recorda-se que o FCP defendia o ceptro de campeão nacional pela 6ª vez sucessiva. Era e continuou a ser o comandante do CN, sem derrotas e mantendo 3 pontos de avanço sobre o SLB e com um jogo a menos. Por isso li, reli e abespinhei.
Subitamente fez-se luz. Afinal era sobre futebol que o escriba se esparralhava na sua prosa. Tinha-me enganado.
Mas não Futebol? Nem pensar. Claro era basquetebol. Como pude esquecer? Também não. Andebol ? Na ocasião também não. Voleibol ? Bilhar? Atletismo? Ciclismo? Raguebi? Ainda também não.
O assombro cresceu. O autor não se tinha equivocado. Esparrava-se em patins.
Mas assim sendo o porquê de tão insólita e pecaminosa nova em um periódico que se alardeia como paladino das verdades e dos rigores. Devia ter, presumo eu, desvelos redobrados a nível da realidade e da probidade já que a igualdade de tratamento não se pode exigir em face do mercado e da própria opção do jornal que deve ser respeitada.
Naquela notícia o rigor está de mãos dadas com a sabujice. É uma reportagem narcisista e elaborada em cima do joelho para agradar ao apaniguado maioritário. Ainda por cima e lá diz o povo, uma andorinha não faz a primavera.
Poderá ter sido ignorância, perdoem-me a conjectura. A ser assim explica-se que o termo hegemonia (domínio), segundo o Dicionário Universal de Língua Portuguesa quer dizer predominância de algo ou alguém sobre algo ou alguém pelas suas tradições, condições de raça, costumes, etc. Desportivamente falando vitórias sobre vitórias, digo eu.
Como o noticioso e o escrevinhador podem pertencer à elite nacional sediada em Lisboa, talvez mais inteligente, mais apurada e de costumes quiça mais arejados fruto dos ventos da modernidade que assolam a avançada capital, salvaguardo tal estirpe e curvo-me a tais atributos rogando desculpa pela estupidez nortista desconhecedora do facto de que um empate após seis (6) anos de derrotas podia significar perda de ascendência absoluta.
Mas se o tabloide e o rabiscador forem portugueses lusitanos então questiono-os quanto ao termo da supremacia do FCP.
Por favor expliquem.
Curiosamente o decurso do tempo incumbiu-se de reforçar o carácter tendencioso da atoarda editada uma vez que o FCP venceu o CN pela sétima vez, a TP e a ST. Ou seja tudo.
Ora, a adicionar ao clientelismo, ao facciosismo e aos desejos pessoais juntou-se o ridículo apanágio dos pobres de espírito.
Ficcionando um pouco parece-me que estou a ver a crónica de A Bola, após uma partida futebolística entre o SLB e o Setúbal, por exemplo para a TP, encumeada pelo título “ Setúbal empata com SLB, parece ter acabado o domínio absoluto deste a avaliar por jogo de ontem e a manter-se o nível exibido”, claro. Cairia o Marquês do Pombal. Jamais se atreveriam. Seria crime de lesa Majestade. Mas com o SLB é outra loiça. O que é necessário é valorizar. Sempre. Sem olhar a meios (leia-se FCP). Principalmente.
Como pôde a maior (?) gazeta desportiva portuguesa aceder e deixar publicar tal desfaçatez cobrindo-se de opróbrio só para agradar ou vender mais umas"jornaladas"?
Depois admiram-se dos boicotes – com os quais discordo – feitos pelo FCP.
Vossas Excelências cobrem-nos de razões mesmo quando não as têm.
Em apoio ao articulista junto quadro resenha dos títulos ganhos nos últimos 10 anos pelo hegemonizado convicto de que o seu desconhecimento e a falta de tempo de recurso aos arquivos lhe permitiu tal falta de pejo;
Anexa-se cópia da crónica mencionada
José Pina – 17.08.08
TROFÉUS GANHOS PELO FCP NAS ÉPOCAS DE 1997/8 A 2007/8:
CN - 9 /TP - 5 / STP - 4