quarta-feira, 16 de agosto de 2023

A Sala de Espera

 



A SALA DE ESPERA

 

Na sala de espera

A ralação impera

Até exaspera 

Rostos eivados 
Níveos, rugados
Olhares sumidos

Rendidos 
Sofridos  
Gemidos 
Quase vagidos 

Arquejos 
Bafejos 
Incontidos
Purgativos
Cansativos 

Horas a fio
Espaço frio
Sombrio
Sensório 
Purgatório

Neste deletério
Real despautério 
Gente afouta 
Reluta
Outra diminuta 

E mesmo sem tino
Confiam o destino 
No médico ladino
Para em sabatino 
Repor o atino


JP/AGO/2022

Germinou esta estória durante a espera a uma ida da Manuela ao hospital e foi escrito o verso um em 2021.

Feito "esqueleto" geral no fim tarde/noite de 24.06.22,dia de S. João, nas Urgências deste Hospital (D- Dímeros).

Concluído: Agosto 2022