Prisioneiros
Agreste acalmia
Colou- se á
pandemia
Ceifando a
economia
Espelhada na rua
Gravada na loja
nua
Pra sempre a
perpétua
Que vida é
esta
Que nos confina
a viver a vida,
Crianças
enclausuradas
Em casa
alarmadas
Pais despegados dos
filhos
Evitando sarilhos
Olhamo-nos de
esguelha
Medrosos de
centelha
Qual ferrão
d’abelha
E nos infecte a
telha
Com um terror sociopata
Que nos destrata
Desafecto que mata
Sem nenhuma
serenata
Que peste é esta
Que qos confina a viver a
vida
Em obscurantismo
Ávidos de
iluminismo
Alentando o
populismo
E cedendo ao
estadismo
Perante futuro
inglório
De previsível
sanatório
Para todo o
território
Hoje já um
purgatório
Mas é notório
Inexistir
oratório
Ou até
reparatório
Para evitar um
mortório
JP/Maio 2020/13