GUSTAVO
Nasceu em Janeiro
Esbravejou o Fevereiro
Rabujou no terceiro
Abril já festivaleiro
Eis o Gustavo galreio
Que neto soalheiro
É neste mundo suspenso
E muito indefenso
Incapaz de um consenso
Que me sinto infenso
Ao coibir beijo imenso
Em menino tão intenso
Vejo- o a crescer
A rir e a ser
A querer
Sem já o conhecer
Sem o acolher
Nem nos braços o ter
Estar ausente
Cruel vírus demente
Situação rangente
E tão deprimente
Que nos deixa carente
Deste novo descendente
JP/Abr/2020/20
(Trigésimo oitavo dia de confinação)