Em limiar de ........
Estava onde não estive.
Humanamente.
No seu limiar.
Definido como uma linha mais escura traçada no "solo" da entrada daquilo que se assemelhava a um túnel encimado por uma espécie de "pala"
.
Observava mas não tinha visão.
Escutava- me mas não tinha audição.
Visionava algo como uma auto estrada luminescente logo a seguir ao início da galeria de luz.
Seu "piso" era formado por bolas e tufos amarelos esbranquiçados autênticos flocos de algodão suspensos como aquelas porções de nuvens que observamos pela janela de um avião assim como a "pala" que o parecia cobrir.
Do "meu lado" era nada.
Só eu imaterial.
Do outro á direita, imediatamente a seguir ao limiar e em nível inferior e já por baixo do seu "tecto" via-se o topo de um "muro" logo descontinuado com 2 arestas vincadas, perfeitas, paralelas e quase idênticas á linha escura que parecia definir o limiar da entrada.
Lá bem no fundo uma espécie pequena janela trapezoidal através da qual uma luz mais brilhante e branca como a neve prendia minha atenção.
Questionava- me sem ser.
O que é isto? Onde estou?
Que lugar é este? O que faço aqui?
Sem respostas.
Regressei onde sempre estive.
Humanamente falando.
16.09.2024 - Bloco C.H.S.João