Serenidades
Desperto ressacado
Comprimido tomado
Bastante vacilante
Ergo-me relutante
Recheado de afazeres
Um chuveiro
apressado
Almoço alguns prazeres
Saio de casa acelerado
Alvejo a rotineira Luena
Prós trabalhos matinais
Um desvio e uma
novena
Junto de uns novos cais
Dirijo-me ao
sapateiro
Passo pelo
costureiro
Vou ainda ao
tabaqueiro
Exausto eis o pasteleiro
Uno esforços ao Manel
Trabalhamos o papel
Já com a nossa
cafeína
Ao lado da Zu menina
Resmungamos do
patrão
Augusto um malandrão
Sofremos um calorão
Pra ele poupar um
tostão
Vem Gracinda
afogueada
Clamando suas
netinhas
Questionando pela ManUela
Receando que não
vinhas
Também aparece o
Abel
Dando corda ao
pincel
Múltiplos faz no jornal
Consumindo-se afinal
Odorados pelos
estrugidos
Pelo Gusto sempre
oferecidos
Esgotamos últimas
energias
Pra conservar nossas sinergias
Esfalfado por tanto labor
Com o escorrer do pendor
E já quase a falhar
o motor
Procuro furtar-me ao
fedor
Constatando meu
cansaço
Evitando maior derriço
Boleia houve quem
desse
Para obstar a mais
stress
JP/Set/2015